segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Energia no meio rural

  1. A necessidade da utilização no meio rural é bastante intensa, então para melhor aproveitamento e redução de seu uso, hoje já são consideradas as fontes de energias alternativas como energia solar para diminuição de energia elétrica. A seguir serão citados alguns tipos de energia: 
  2. As fontes de energia não-renováveis-
As fontes de energia não-renováveis se caracterizam por não ser possível repor o que já gastamos. Em algum momento vão acabar e podem ser necessários milhões de anos de evolução semelhante para poder contar novamente com eles. São aqueles cujas reservas são limitadas e estão sendo devastadas com a utilização. As principais são os combustíveis fósseis (petróleo, gás natural e carvão) e a energia nuclear.

1 Combustíveis fósseis
    Os combustíveis fósseis podem ser usados na forma sólida (carvão), líquida (petróleo) ou gasosa (gás natural). Segundo a teoria mais aceita, foram formados por acumulações de seres vivos que viveram há milhões de anos e que foram fossilizados formando carvão ou hidrocarboneto. No caso do carvão se trata de bosques e florestas nas zonas úmidas e, no caso do petróleo e do gás natural de grandes massas de plâncton acumuladas no fundo de bacias marinhas.
    Em ambos os casos, a matéria orgânica foi parcialmente decomposta, pela ação da temperatura, pressão e certas bactérias, na ausência de oxigênio. Segundo estudos científicos, o planeta pode fornecer energia para mais 40 anos (se for usado apenas o petróleo) e mais de 200 (se continuar a usar carvão).


    .2 Energia nuclear
      Na energia nuclear; o núcleo atômico de elementos pesados como o urânio, pode ser desintegrado (fissão nuclear) e liberar energia radiante e cinética. Usinas termonucleares usam essa energia para produzir eletricidade. Uma conseqüência da atividade de produção deste tipo de energia são os resíduos nucleares, que podem levar milhares de anos para perder a sua radioatividade.


      1. 3.2 as fontes de energia renováveis
      As fontes de energia renováveis são combustíveis que usam como matéria-prima elementos renováveis para a natureza, como a energia eólica, Biomassa, energia hídrica e energia solar, entre outras.


      1. 3.2.1 Energia eólica
      A energia eólica é a energia gerada pelo vento. Utilizada há anos sob a forma de moinhos de vento, pode ser canalizada pelas modernas turbinas eólicas ou pelo tradicional cata-vento.
      Uma restrição no aproveitamento deste tipo de energia é a questão do espaço físico, uma vez que tanto as turbinas quanto os cata-ventos são instalações mecânicas grandes e ocupam áreas extensas. Todavia, seu impacto ambiental é mínimo, tanto em termos de ruído quanto no ecossistema.


      1. 3.2.2 Biomassa
      Ao falarmos de Biomassa podemos classificá-las de três maneiras: a biomassa sólida, líquida e gasosa.
      A biomassa sólida tem como fonte os produtos e resíduos da agricultura (incluindo substâncias vegetais e animais), os resíduos das florestas e a fração biodegradável dos resíduos industriais e urbanos.
      A biomassa líquida existe em uma série de bicombustíveis líquidos com potencial de utilização, todos com origem nas chamadas "culturas energéticas". Como um exemplo pode-se citar o biodiesel (obtido a partir de óleo de girassol); o etanol (produzido com a fermentação de hidratos de carbono; açúcar, amido, celulose); e o metanol (gerado pela síntese do gás natural).
      Já a biomassa gasosa é encontrada nos efluentes agropecuários provenientes da agroindústria e nos aterros de resíduos sólidos urbanos. Estes resíduos são resultado da degradação biológica anaeróbia da matéria orgânica, e são constituídos por uma mistura de metano e gás carbônico. Esses materiais são submetidos à combustão para a geração de energia.


      1. 3.2.3 Energia hídrica
      A energia hídrica é aquela que utiliza a força cinética das águas de um rio e a converte em energia elétrica, com a rotação de uma turbina hidráulica. À exceção das grandes indústrias hidrelétricas, que atendem ao vasto mercado, há também a aplicação da energia hídrica no campo através de pequenas centrais hidrelétricas, baseadas em rios de pequeno porte.


      1. 3.2.4 Energia Solar
      A energia solar é aquela energia obtida pela luz do Sol, pode ser captada com painéis solares. A cada ano a radiação solar trazida para a terra leva energia equivalente a vários milhares de vezes a quantidade de energia consumida pela humanidade.
      Através de coletores solares, a energia solar pode ser transformada em energia térmica, e usando painéis fotovoltaicos a energia luminosa pode ser convertida em energia elétrica.
      Há dois componentes na radiação solar: radiação direta e radiação difusa. A radiação direta é a que vem diretamente do sol, sem reflexões ou refrações intermediárias. A radiação difusa é emitida pelo céu durante o dia, graças aos muitos fenômenos de reflexão e refração da atmosfera solar, nas nuvens, e os restantes elementos do atmosférico e terrestre. A radiação refletida direta pode ser concentrada e de utilização, embora não seja possível concentrar dispersa a luz que vem de todas as direções. No entanto, tanto a radiação direta quanto a radiação difusa são utilizáveis.
      4 Vantagens e desvantagens da energia solar
      Segundo (PALZ, 2002): “A energia solar recebida pela terra a cada ano é dez vezes superior a contida em toda a reserva de combustíveis fósseis. Mas, atualmente a maior parte da energia utilizada pela humanidade provém de combustíveis fósseis.”
      A Energia Solar apresenta inúmeras vantagens, principalmente em países como o Brasil, onde o Sol é soberano na maioria das regiões o ano todo. Entre os benefícios podemos citar: é uma energia limpa, não polui, não consome combustível, a instalação é simples e sua manutenção mínima, a vida útil dos painéis é comprovadamente de 25 anos, permite a sua auto-suficiência energética.
      A Energia Solar é a solução para levar a eletricidade aos locais aonde a rede convencional não chegou ou é fornecida de maneira precária. É cada vez mais utilizada, principalmente no meio rural, para iluminação, TV, telecomunicações, bombeamento de água e eletrificação em geral.
      Este tipo de energia também possui algumas desvantagens, entre elas: existe variação da energia produzida, de acordo com a situação climática do local (por exemplo, locais chuvosos), durante a noite não existe produção de energia, fazendo-se necessários meios de armazenamento, que por vez se tornam caros é deficientes comparados com os outros meios de produção de energia.


      http://www.artigonal.com/educacao-artigos/fontes-de-energia-renovaveis-e-seus-principais-beneficios-para-a-humanidade-1008170.html

      http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000022000000200006&script=sci_arttext



      ENERGIA NO MEIO RURAL E SUSTENTABILIDADE
      Parece que ainda não se considera o fato de que as prioridades ambientais são fundamentais para o desenvolvimento, que há que se fazer opções e eliminar os riscos para a saúde e para a própria produtividade econômica que está relacionada com a poluição do ar, da água e também do solo. Os impactos ambientais ocorrem principalmente, em decorrência do aumento da produção agrícola, do aumento da produção industrial e aumento da exploração dos recursos naturais por indústrias pesadas – mineração, extração de madeira, etc. (Banco Mundial, 1992).
      Concomitante, sabe-se que as consequências deste modelo de desenvolvimento são anunciadas e que os problemas ambientais se concentram nos grandes centros urbanos, ocasionando uma concentração populacional em áreas com pouca disponibilidade de recursos hídricos e energéticos e de escassez de terras férteis, como mostra a tabela 1.


      Outro ponto a considerar-se é que, quanto mais pobre é a região, maior a concentração populacional por hectare. Assim, entre as alternativas para busca da sustentabilidade planetária, retomando-se as premissas definidas por Brundtland (1987), acredita-se que a minoração destes impactos, deverá incluir uma mudança de enfoque na elaboração de políticas, ampliando os investimentos para a zona rural. Um argumento para se considerar esta alternativa é o fato de que menos de 10% das áreas agrícolas são utilizadas no mundo.
      Nestas áreas que vêm sendo utilizadas, sabe-se que a atividade agrícola é responsável por modificações e intervenções em cerca de três quintos das áreas terrestres utilizáveis. Embora a agricultura seja o alicerce de sustentação de produções, diferentes tecnologias e formas de produção vêm sendo questionados nos últimos anos. Muitas destas tecnologias colocam em risco a continuidade efetiva da própria atividade agrícola à médio e longo prazo (Brown, 1990).
      No caso específico do Brasil, nas últimas décadas viveu-se mudanças significativas que provocaram um quadro de efervescência junto à sociedade. Do ângulo sociológico, estão as grandes mudanças na estrutura social, a urbanização e o sistema de emprego. A estrutura agrária também mudou. Capitalizou-se a economia; a grande unidade de produção exerce seus efeitos; as novas tecnologias afetam o modo dos homens produzirem e se relacionarem (Ferreira e Viola, 1995).
      Hoje, vive-se um clima de incertezas que resultam da própria falta de planejamento. Toda esta insegurança se configura em mais um ingrediente para o descrédito no futuro e conseqüente aumento dos conflitos. Porém, nenhum projeto consistente foi apresentado. Não se sabe mais se o caminho para o prometido Primeiro Mundo é real. Para a grande maioria, tornou-se um sonho impossível. Quanto mais a globalização aumenta, mais espalha a sua destruição (Santos, 1998).
      Na zona rural brasileira, o censo do IBGE - 1991 apontava para 4 milhões de propriedades rurais, onde prevalecem os grandes latifúndios marcados pela improdutividade ou pela predominância de monocultura e pecuária intensivas (Brown, 1990).
      No que se refere à questão energética, o Brasil pode ser considerado um país com grande diversidade de recursos para uso de energias renováveis, entre outros por sua hidrografia, pelas condições climáticas e o próprio modo de produção. Dentre as fontes de energias renováveis disponíveis no país, poderia se começar falando da possibilidade de uso de energia solar, pequenas centrais hidroelétricas -PCHs, Biomassa, incluindo os resíduos da produção agrícola (Jannuzzi e Swisher, 1997).
      Atualmente, o uso destas fontes renováveis está diminuindo na zona rural brasileira, como pode ser visualizado no gráfico 2 que traz uma comparação do consumo energético do setor agropecuário em um intervalo de 10 anos.


      Verifica-se portanto, que no Brasil o setor agropecuário caminha para um uso mais intensivo das fontes não renováveis de energia, afastando-se portanto dos preceitos de sustentabilidade neste setor.
      Esta preocupação também se justifica tendo-se em vista que entre as ações anunciadas como "política energética brasileira" para os próximos anos, destacam-se a construção de diversas centrais termelétricas, que terão como principal combustível o gás natural, trazendo consigo uma maior participação das fontes fósseis na matriz energética brasileira e, consequentemente, para o setor rural.
      Concomitante, no meio rural, com a chamada "modernização do campo", o uso intensivo de maquinas e outros implementos apontam também no sentido de um incremento no consumo de derivados de petróleo.
      O uso de combustível fóssil também é justificado por quem controla este mercado, como a única solução diante das diversas dificuldades de suprimento energético na zona rural. Uma publicação da ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica, citado por Andrade, Neto e Guerra (1999), destaca como as principais dificuldades relacionadas ao atendimento no meio rural:
      grande dispersão geográfica dos consumidores;
      elevados investimentos necessários à implementação de redes de distribuição;
      longas extensões de linhas para o atendimento de cargas leves e dispersas;
      elevados custos de operação e manutenção dos sistemas elétricos;
      pouca atratividade para os investidores, em razão dos baixos níveis de rentabilidade dos investimentos.
      No entanto, estas que são apontadas como dificuldades, poderiam ser interpretadas como vantagem para a introdução de fontes renováveis de energia, pois entre as caraterísticas de algumas destas fontes está a possibilidade de uso em pequena escala, não necessitando de grande redes de distribuição nem grandes investimentos, o que resolveria o problema de abastecimento de pequenas propriedades e das comunidades isoladas, por exemplo.
      O custo também é um dos argumentos que vêm sendo utilizado para justificar a não introdução de fontes renováveis de energia na matriz brasileira e mundial. Alega-se que hoje elas demandam altos investimentos em comparação com os combustíveis fósseis, o que é real do ponto de vista econômico, que exige retorno financeiro imediato. Mas há de se considerar, que nos primórdios da chamada "era do petróleo", os custos também eram altíssimos, e se amortizaram a partir da produção em larga escala, tendência que deverá ser seguida pelas energias renováveis, se utilizadas também em larga escala. Em segundo lugar, quando se fala em custos para energias de origem fóssil não se computam os impactos ambientais.
      Outro ponto a se considerar com relação ao uso de combustível fóssil no Brasil, é que este é um país importador de petróleo e gás natural. Assim, o uso de fontes renováveis poderia ser uma forma de libertar-se da tradicional dependência internacional.
      Também o uso de fontes renováveis poderia facilitar o surgimento de pequenos produtores independentes de energia, o que resultaria em maior poder de barganha diante da possibilidade de comercialização do produto final.

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