- A necessidade da utilização no meio rural é bastante intensa, então para melhor aproveitamento e redução de seu uso, hoje já são consideradas as fontes de energias alternativas como energia solar para diminuição de energia elétrica. A seguir serão citados alguns tipos de energia:  
 
- As fontes de energia não-renováveis-
 
As fontes de energia não-renováveis se caracterizam por não ser  possível repor o que já gastamos. Em algum momento vão acabar e podem  ser necessários milhões de anos de evolução semelhante para poder contar  novamente com eles. São aqueles cujas reservas são limitadas e estão  sendo devastadas com a utilização. As principais são os combustíveis  fósseis (petróleo, gás natural e carvão) e a energia nuclear.
1 Combustíveis fósseis
Os combustíveis fósseis podem ser usados na forma sólida (carvão),  líquida (petróleo) ou gasosa (gás natural). Segundo a teoria mais  aceita, foram formados por acumulações de seres vivos que viveram há  milhões de anos e que foram fossilizados formando carvão ou  hidrocarboneto. No caso do carvão se trata de bosques e florestas nas  zonas úmidas e, no caso do petróleo e do gás natural de grandes massas  de plâncton acumuladas no fundo de bacias marinhas.
Em ambos os casos, a matéria orgânica foi parcialmente decomposta,  pela ação da temperatura, pressão e certas bactérias, na ausência de  oxigênio. Segundo estudos científicos, o planeta pode fornecer energia  para mais 40 anos (se for usado apenas o petróleo) e mais de 200 (se  continuar a usar carvão).
.2 Energia nuclear
Na energia nuclear; o núcleo atômico de elementos pesados como o  urânio, pode ser desintegrado (fissão nuclear) e liberar energia  radiante e cinética. Usinas termonucleares usam essa energia para  produzir eletricidade. Uma conseqüência da atividade de produção deste  tipo de energia são os resíduos nucleares, que podem levar milhares de  anos para perder a sua radioatividade.
- 3.2 as fontes de energia renováveis
 
As fontes de energia renováveis são combustíveis que usam como  matéria-prima elementos renováveis para a natureza, como a energia  eólica, Biomassa, energia hídrica e energia solar, entre outras.
- 3.2.1 Energia eólica
 
A energia eólica é a energia gerada pelo vento. Utilizada há anos sob  a forma de moinhos de vento, pode ser canalizada pelas modernas  turbinas eólicas ou pelo tradicional cata-vento.
Uma restrição no aproveitamento deste tipo de energia é a questão do  espaço físico, uma vez que tanto as turbinas quanto os cata-ventos são  instalações mecânicas grandes e ocupam áreas extensas. Todavia, seu  impacto ambiental é mínimo, tanto em termos de ruído quanto no  ecossistema.
- 3.2.2 Biomassa
 
Ao falarmos de Biomassa podemos classificá-las de três maneiras: a biomassa sólida, líquida e gasosa.
A biomassa sólida tem como fonte os produtos e resíduos da  agricultura (incluindo substâncias vegetais e animais), os resíduos das  florestas e a fração biodegradável dos resíduos industriais e urbanos.
A biomassa líquida existe em uma série de bicombustíveis líquidos com  potencial de utilização, todos com origem nas chamadas "culturas  energéticas". Como um exemplo pode-se citar o biodiesel (obtido a partir  de óleo de girassol); o etanol (produzido com a fermentação de hidratos  de carbono; açúcar, amido, celulose); e o metanol (gerado pela síntese  do gás natural).
Já a biomassa gasosa é encontrada nos efluentes agropecuários  provenientes da agroindústria e nos aterros de resíduos sólidos urbanos.  Estes resíduos são resultado da degradação biológica anaeróbia da  matéria orgânica, e são constituídos por uma mistura de metano e gás  carbônico. Esses materiais são submetidos à combustão para a geração de  energia.
- 3.2.3 Energia hídrica
 
A energia hídrica é aquela que utiliza a força cinética das águas de  um rio e a converte em energia elétrica, com a rotação de uma turbina  hidráulica. À exceção das grandes indústrias hidrelétricas, que atendem  ao vasto mercado, há também a aplicação da energia hídrica no campo  através de pequenas centrais hidrelétricas, baseadas em rios de pequeno  porte.
- 3.2.4 Energia Solar
 
A energia solar é aquela energia obtida pela luz do Sol, pode ser  captada com painéis solares. A cada ano a radiação solar trazida para a  terra leva energia equivalente a vários milhares de vezes a quantidade  de energia consumida pela humanidade.
Através de coletores solares, a energia solar pode ser transformada  em energia térmica, e usando painéis fotovoltaicos a energia luminosa  pode ser convertida em energia elétrica.
Há dois componentes na radiação solar: radiação direta e radiação  difusa. A radiação direta é a que vem diretamente do sol, sem reflexões  ou refrações intermediárias. A radiação difusa é emitida pelo céu  durante o dia, graças aos muitos fenômenos de reflexão e refração da  atmosfera solar, nas nuvens, e os restantes elementos do atmosférico e  terrestre. A radiação refletida direta pode ser concentrada e de  utilização, embora não seja possível concentrar dispersa a luz que vem  de todas as direções. No entanto, tanto a radiação direta quanto a  radiação difusa são utilizáveis.
4 Vantagens e desvantagens da energia solar
Segundo (PALZ, 2002): “A energia solar recebida pela terra a cada ano  é dez vezes superior a contida em toda a reserva de combustíveis  fósseis. Mas, atualmente a maior parte da energia utilizada pela  humanidade provém de combustíveis fósseis.”
A Energia Solar apresenta inúmeras vantagens, principalmente em  países como o Brasil, onde o Sol é soberano na maioria das regiões o ano  todo. Entre os benefícios podemos citar: é uma energia limpa, não  polui, não consome combustível, a instalação é simples e sua manutenção  mínima, a vida útil dos painéis é comprovadamente de 25 anos, permite a  sua auto-suficiência energética.
A Energia Solar é a solução para levar a eletricidade aos locais  aonde a rede convencional não chegou ou é fornecida de maneira precária.  É cada vez mais utilizada, principalmente no meio rural, para  iluminação, TV, telecomunicações, bombeamento de água e eletrificação em  geral.
Este tipo de energia também possui algumas desvantagens, entre elas:  existe variação da energia produzida, de acordo com a situação climática  do local (por exemplo, locais chuvosos), durante a noite não existe  produção de energia, fazendo-se necessários meios de armazenamento, que  por vez se tornam caros é deficientes comparados com os outros meios de  produção de energia.
http://www.artigonal.com/educacao-artigos/fontes-de-energia-renovaveis-e-seus-principais-beneficios-para-a-humanidade-1008170.html
http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000022000000200006&script=sci_arttext
ENERGIA    NO MEIO RURAL E SUSTENTABILIDADE
Parece  que    ainda não se considera o fato de que as prioridades ambientais  são    fundamentais para o desenvolvimento, que há que se fazer opções     e eliminar os riscos para a saúde e para a própria produtividade     econômica que está relacionada com a poluição do    ar, da água e também  do solo. Os impactos ambientais ocorrem principalmente,    em  decorrência do aumento da produção agrícola, do    aumento da produção  industrial e aumento da exploração    dos recursos naturais por  indústrias pesadas – mineração,    extração de madeira, etc. (Banco  Mundial, 1992).
Concomitante,     sabe-se que as consequências deste modelo de desenvolvimento são     anunciadas e que os problemas ambientais se concentram nos grandes  centros urbanos,    ocasionando uma concentração populacional em áreas  com    pouca disponibilidade de recursos hídricos e energéticos e de     escassez de terras férteis, como mostra a tabela 1.
Outro  ponto    a considerar-se é que, quanto mais pobre é a região, maior    a  concentração populacional por hectare. Assim, entre as alternativas     para busca da sustentabilidade planetária, retomando-se as premissas     definidas por Brundtland (1987), acredita-se que a minoração destes     impactos, deverá incluir uma mudança de enfoque na elaboração    de  políticas, ampliando os investimentos para a zona rural. Um argumento     para se considerar esta alternativa é o fato de que menos de 10% das     áreas agrícolas são utilizadas no mundo.
Nestas  áreas    que vêm sendo utilizadas, sabe-se que a atividade agrícola é     responsável por modificações e intervenções    em cerca de três  quintos das áreas terrestres utilizáveis.    Embora a agricultura seja o  alicerce de sustentação de produções,    diferentes tecnologias e  formas de produção vêm sendo questionados    nos últimos anos. Muitas  destas tecnologias colocam em risco a continuidade    efetiva da própria  atividade agrícola à médio e    longo prazo (Brown, 1990).
No  caso    específico do Brasil, nas últimas décadas viveu-se mudanças     significativas que provocaram um quadro de efervescência junto à     sociedade. Do ângulo sociológico, estão as grandes mudanças    na  estrutura social, a urbanização e o sistema de emprego. A estrutura     agrária também mudou. Capitalizou-se a economia; a grande unidade    de  produção exerce seus efeitos; as novas tecnologias afetam o    modo dos  homens produzirem e se relacionarem (Ferreira e Viola, 1995).
Hoje,  vive-se    um clima de incertezas que resultam da própria falta de  planejamento.    Toda esta insegurança se configura em mais um  ingrediente para o descrédito    no futuro e conseqüente aumento dos  conflitos. Porém, nenhum projeto    consistente foi apresentado. Não se  sabe mais se o caminho para o prometido    Primeiro Mundo é real. Para a  grande maioria, tornou-se um sonho impossível.    Quanto mais a  globalização aumenta, mais espalha a sua destruição    (Santos, 1998).
Na  zona    rural brasileira, o censo do IBGE - 1991 apontava para 4  milhões de propriedades    rurais, onde prevalecem os grandes  latifúndios marcados pela improdutividade    ou pela predominância de  monocultura e pecuária intensivas (Brown,    1990).
No  que se    refere à questão energética, o Brasil pode ser considerado     um país com grande diversidade de recursos para uso de energias  renováveis,    entre outros por sua hidrografia, pelas condições  climáticas    e o próprio modo de produção. Dentre as fontes de energias     renováveis disponíveis no país, poderia se começar    falando da  possibilidade de uso de energia solar, pequenas centrais hidroelétricas     -PCHs, Biomassa, incluindo os resíduos da produção agrícola     (Jannuzzi e Swisher, 1997).
Atualmente,    o uso destas fontes renováveis está diminuindo na zona rural brasileira,    como pode ser visualizado no gráfico 2 que traz    uma comparação do consumo energético do setor agropecuário    em um intervalo de 10 anos.
Verifica-se     portanto, que no Brasil o setor agropecuário caminha para um uso  mais    intensivo das fontes não renováveis de energia, afastando-se  portanto    dos preceitos de sustentabilidade neste setor.
Esta  preocupação    também se justifica tendo-se em vista que entre as ações     anunciadas como "política energética brasileira" para os próximos     anos, destacam-se a construção de diversas centrais termelétricas,     que terão como principal combustível o gás natural, trazendo    consigo  uma maior participação das fontes fósseis na matriz    energética  brasileira e, consequentemente, para o setor rural.
Concomitante,     no meio rural, com a chamada "modernização do campo", o uso  intensivo    de maquinas e outros implementos apontam também no sentido  de um incremento    no consumo de derivados de petróleo.
O  uso de    combustível fóssil também é justificado por quem    controla  este mercado, como a única solução diante das    diversas dificuldades  de suprimento energético na zona rural. Uma publicação    da ANEEL –  Agência Nacional de Energia Elétrica, citado por    Andrade, Neto e  Guerra (1999), destaca como as principais dificuldades relacionadas     ao atendimento no meio rural:
        
      grande dispersão geográfica dos consumidores;
      elevados investimentos necessários à implementação      de redes de distribuição;
      longas extensões de linhas para o atendimento de cargas leves e dispersas;
      elevados custos de operação e manutenção dos sistemas      elétricos;
      pouca atratividade para os investidores, em razão dos baixos níveis      de rentabilidade dos investimentos.
No  entanto,    estas que são apontadas como dificuldades, poderiam ser  interpretadas    como vantagem para a introdução de fontes renováveis de     energia, pois entre as caraterísticas de algumas destas fontes está     a possibilidade de uso em pequena escala, não necessitando de grande     redes de distribuição nem grandes investimentos, o que resolveria    o  problema de abastecimento de pequenas propriedades e das comunidades  isoladas,    por exemplo.
O  custo    também é um dos argumentos que vêm sendo utilizado para     justificar a não introdução de fontes renováveis    de energia na matriz  brasileira e mundial. Alega-se que hoje elas demandam altos     investimentos em comparação com os combustíveis fósseis,    o que é real  do ponto de vista econômico, que exige retorno financeiro    imediato.  Mas há de se considerar, que nos primórdios da chamada    "era do  petróleo", os custos também eram altíssimos, e    se amortizaram a  partir da produção em larga escala, tendência    que deverá ser seguida  pelas energias renováveis, se utilizadas    também em larga escala. Em  segundo lugar, quando se fala em custos para    energias de origem  fóssil não se computam os impactos ambientais.
Outro  ponto    a se considerar com relação ao uso de combustível fóssil    no  Brasil, é que este é um país importador de petróleo    e gás natural.  Assim, o uso de fontes renováveis poderia ser uma    forma de  libertar-se da tradicional dependência internacional.
Também     o uso de fontes renováveis poderia facilitar o surgimento de  pequenos    produtores independentes de energia, o que resultaria em  maior poder de barganha    diante da possibilidade de comercialização do  produto final.